Carlos Coelho em comentário ao Jornal de Negócios sobre implementação da Inteligência Artificial no setor jurídico

Carlos Coelho, diretor de Inovação e Conhecimento da Morais Leitão, defende a implementação da Inteligência Artificial (IA) como um instrumento essencial para o futuro do setor jurídico. A Morais Leitão já tem em curso um plano para a integração da IA generativa nos seus processos internos, com o objetivo de lidar de forma eficiente com a crescente complexidade regulatória e o volume de dados.

O especialista destaca que, embora a IA seja a “vertente mais sexy da tecnologia”, não deve ser vista como uma solução isolada. “A IA é apenas o topo da pirâmide, havendo um caminho anterior a fazer que é fundamental”, refere. Carlos Coelho sublinha a importância da qualidade e organização da informação para que a IA seja verdadeiramente eficaz. É crucial que existam processos internos sólidos e pessoas dedicadas a “ensinar a máquina”, uma vez que não basta subscrever uma ferramenta como o ChatGPT jurídico e esperar resultados imediatos.

Desde 2018, a Morais Leitão tem investido no desenvolvimento de processos que permitam às suas equipas utilizarem esta tecnologia de forma eficiente. Atualmente, a sociedade de advogados já dispõe de capacidade para aplicar a IA em áreas como a análise contratual e de risco, entre outras.

Carlos Coelho acredita que a amplitude das tarefas que podem ser realizadas através da IA representa uma transformação profunda no modelo de negócio tradicional das sociedades de advogados. Na sua perspetiva, compreender o potencial desta tecnologia é fundamental para as empresas jurídicas que pretendem manter-se competitivas num mercado em constante evolução.

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