Nicole Fortunato e Inês F. Neves assinam o artigo de opinião “O ChatGPT à luz das normas europeias projetadas para a Inteligência Artificial”, publicado recentemente na revista EXAME.
As advogadas afirmam: «O entusiasmo é facilmente explicável… É que ao contrário de formas mais tradicionais de Inteligência Artificial (‘IA’), então “reduzidas” ao reconhecimento e classificação de padrões com base em conteúdos “pré-existentes” ou à automatização de processos, aquilo que caracteriza o ChatGPT (e outros da mesma “família”) é a capacidade de – com base em dados absolutamente colossais (petabytes de informação oriunda de redes sociais, artigos publicados na Internet e outras fontes) – replicar interações “quasi-humanas”, gerando (novos) conteúdos e, em particular, texto (sem prejuízo da possibilidade de outros outputs, como imagens, vídeo ou áudio).
O objetivo? Obter respostas e lograr interações o mais naturais e “humanas” possível. Um desiderato que parece, de facto, estar a ser cumprido (apesar de alguns momentos de “baixa” do sistema). Tudo isto, através da utilização de programas de Natural Processing Language que permitem à ferramenta analisar e compreender a linguagem humana de maneira a, mais do que processar apenas uma resposta, garantir o respetivo alinhamento com a intenção da pergunta do utilizador. E à data de hoje, pelo menos, pode afirmar-se que o ChatGPT vem “dando cartas” na obtenção dos mais variados resultados, desde textos de teor académico ou técnico, a discursos, para não mencionar as composições musicais e as obras artísticas».
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[As opiniões expressas neste artigo apenas vinculam as autoras.]