A 1.ª edição do evento Prison Insights é já no próximo dia 20 de setembro. O evento internacional, organizado em parceria entre a Associação APAC Portugal e o Instituto Miguel Galvão Teles, pretende ser um momento de networking para a partilha de conhecimento e inovação social no que toca à reinserção de pessoas que estiveram presas.
Nos objetivos inclui-se ainda o posicionamento de Portugal no mapa-mundo da inovação prisional. Segundo Duarte Fonseca, presidente da APAC Portugal, "existem muitos e bons projetos em Portugal, em parceria com a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (que estará presente em peso no evento), que merecem ser reconhecidos e mostrados ao mundo".
"Num tempo em que se fala de inovação tecnológica, e disrupção em todas as indústrias e sectores, porque não olhar para sistemas mais tradicionais e à partida mais fechados para pensar como podemos inovar e ter melhores resultados sociais, no que toca à reinserção social de pessoas reclusas?", desafiou em comunicado o presidente da associação.
Em Portugal estarão especialistas como Tor Arne Barnes, diretor adjunto (vice governor) da famosa prisão de Bastoy (caso de estudo a nível mundial, reconhecida pela CNN e pelo jornal The Guardian como a melhor prisão do mundo), e o Juiz Luiz Carlos Rezende, coordenador do Programa Novos Rumos no estado de Minas Gerais, que tem sob a sua alçada mais de 50 prisões cogeridas com os próprios reclusos. Estarão ainda representantes das Casas CEC em Itália, bem como empreendedores sociais britânicos que só trabalham com o sistema prisional desse mesmo país.
Para António Pinto Leite, sócio fundador da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados, "apoiar este tipo de eventos e de iniciativas faz parte do ADN do escritório e de quem nele trabalha. Revemo-nos inteiramente no lema da APAC Portugal de que 'todo o Homem é maior do que o seu erro' e, muitas vezes, no exercício da nossa profissão, é essa a convicção que nos guia".
Com este primeiro evento, a APAC Portugal alerta a sociedade para a necessidade de envolvimento de todos nesta área, mostrando que a mudança é possível, através de casos concretos de recuperação como, por exemplo, o de Johnson Semedo, que esteve preso mais de 10 anos e é hoje fundador e gestor de uma IPSS (Academia do Johnson), que apoia diretamente mais de 170 crianças e as suas famílias em bairros problemáticos.
Programa em anexo.
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