Depender da bondade de estranhos – E outros textos leves sobre a leveza do processo penal

“O processo penal já não é o que era. E não é o que parece. São diversos os textos - éditos, revistos e inéditos - que compõem o livro, mas são estas as duas ideias principais. O processo penal já não é o que aprendi nos livros (e ainda se ensina), não só porque as Leis vêm sendo alteradas, mas também porque tantas coisas mudaram na dimensão prática e nas representações sociais. O mundo do processo penal, sobretudo nalguns processos, é hoje outro, e lamento e critico várias mudanças. Os textos do livro são, pois, muitas vezes desgostosos, mesmo que humorados. Textos de um bota de-elástico do processo penal e, também, de outras (não todas) áreas da vida que nele se projetam. Mas se já não é o que era, não é menos verdade que não é o que parece. Muito do que se diz, noticia e discute sobre o processo penal não é correto, é quase sempre superficial, amiúde é ligeiro e por vezes não é sério. Vários textos são contra as aparências, os lugares-comuns, o achismo, mas também contra a hipocrisia e as agendas. Muitos são textos do contra. Mas não todos, e também este livro nem sempre é o que parece. E por detrás de um pessimista da razão pode ainda espreitar um otimista da vontade.”

 “Depender da bondade de estranhos – E outros textos leves sobre a leveza do processo penal” é o título da nova obra de Rui Patrício, uma publicação da Almedina.